É RECONHECIDO O DIREITO A COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA SOBRE VALE-TRANSPORTE
Fonte: TRF/2.ª Região - 10/01/2014 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
O vale-transporte foi instituído pela Lei 7.418, de 1985, com o
objetivo de indenizar o trabalhador pelas despesas com deslocamento
entre a residência e o emprego.
O Decreto 95.247, de 1987, que regulamentou a norma, veda ao empregador substituir o vale-transporte por antecipação em dinheiro, salvo no caso de falta ou insuficiência de vales para atender a demanda interna.
No entanto, não são poucas as empresas que preferem conceder o benefício aos seus empregados em pecúnia. Quando isso acontece, o INSS entende que o valor pago integra o salário e, portanto, deve entrar no cálculo da contribuição previdenciária. Foi essa controvérsia que levou uma policlínica a ajuizar ação na Justiça Federal, pedindo a declaração de inexistência de relação jurídica que justifique a cobrança.
A primeira instância extinguiu o processo e, por conta disso, a empresa recorreu ao TRF2, que reconheceu o direito da empresa à compensação nos cinco anos anteriores ao início da causa.
O relator do processo, desembargador federal Luiz Antonio Soares ponderou que o Plenário do Supremo Tribunal Federal já se posicionou no sentido de que o vale-transporte não tem caráter salarial, mesmo quando seja pago em moeda. (Proc. 0013141-34.2011.4.02.5101).